O cão que vi prostrado na ferrugem do pêlo eriçado,
Não era osso a fugir, calcinado.
Mordiam-lhe as pulgas e o flash, mas estava vivo.
(Pelo menos a respiração tumefaz-se empoeirada.)
O chão seco em que caia o seu repouso.
Nada se parecia com a lava.
<Este cão, a vida que continua em Pompeia, que sempre continua.>
José Emílio-Nelson
BELEZA TOCADA OBRA POÉTICA 1979-2015, Abysmo, Lisboa, Setembro de 2016
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